IDENTIFICANDO E PREVENINDO A VIOLÊNCIA ESCOLAR (Post 1 de 3)
Aimee Daramus, Doutora em Psicologia e autora do livro “Understanding Bipolar Disorder”, define a violência escolar como qualquer ato que envolve uma ameaça real ou implícita – que pode ser verbal, sexual, ou física, e cometida com ou sem armas. “Se alguém está fazendo mal a outra pessoa deliberadamente ou agindo de maneira que faz outra pessoa se sentir ameaçada, isso é violência escolar”.
Este artigo da editora Sanjana Gupta explora os tipos de violência escolar, suas causas, seus impactos, e sugere alguns passos para ajudar a preveni-la.
PARTE I: Tipos de Violência Escolar e Principais Causas
A violência escolar pode assumir muitas formas. Estas são as mais recorrentes:
- Violência física, que inclui qualquer tipo de agressão física, uso de armas, assim como atos criminosos como roubo ou incêndio culposo.
- Violência psicológica, que inclui abuso verbal e emocional. Ela pode acontecer ao insultar, ameaçar, ignorar, isolar, rejeitar, chamar nomes, humilhar, ridicularizar, criar fofocas, mentir ou punir outra pessoa.
- Violência sexual, que inclui assédio, intimidação, tocar sem consentimento, coerção e estupro.
- Bullying, que pode ser de caráter físico, psicológico ou sexual, e é caracterizado por agressões repetidas e intencionais a outra pessoa.
- Cyberbullying, ou bullying cibernético, que inclui abuso sexual ou psicológico por pessoas conectadas nas mídias sociais ou outras plataformas onlineatravés da escola. Ele acontece ao se postar informações falsas, comentários ferinos, boatos maliciosos, ou fotos ou vídeos online. O cyberbullying também acontece ao se excluir alguém de grupos ou redes online.
Frequentemente não há uma razão simples e direta que explica alguém se envolver em violência escolar. A criança ou adolescente pode ter sofrido bullying ou rejeição de colegas, pode estar sob muita pressão por resultados escolares, ou pode estar recriando algo que viu em casa, no seu bairro, na televisão ou num videogame.
Estes são alguns dos fatores de risco que aumentam a probabilidade de um jovem cometer violência escolar:
- Baixo desempenho acadêmico
- Histórico de violência
- Personalidade hiperativa ou impulsiva
- Condições de saúde mental
- Testemunhar ou ser vítima de violência
- Uso de álcool, drogas ou tabaco
- Dinâmica de família disfuncional
- Violência ou abuso doméstico
- Acesso a armas
- Amigos delinquentes
- Pobreza ou altos índices criminais na comunidade
É importante reiterar que a presença destes fatores não necessariamente implica que o jovem adotará um comportamento violento.
